Bombardeios israelenses deixam 14 mortos em Gaza

A Defesa Civil da Faixa de Gaza afirmou neste sábado (9) que 14 pessoas foram mortas em dois bombardeios israelenses, um no norte do território, e o outro em um campo com “tendas para pessoas deslocadas em Khan Yunis”, no sul da faixa.

O primeiro ataque com mísseis ocorreu na escola Fahad al Sabah, que foi convertida em um centro de acomodação de emergência, e matou “cinco pessoas, incluindo crianças”, disse Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, em um comunicado. O outro ataque aéreo deixou nove mortos.

Israel está em guerra com o Hamas em Gaza há mais de um ano, quando o grupo islamista palestino lançou um ataque sangrento no sul de Israel que deixou 1.206 mortos, a maioria civis.

Simultaneamente, trava uma guerra no vizinho Líbano, desde setembro, contra o movimento islamista Hezbollah, um aliado do Hamas.

Mais de 43.550 pessoas foram mortas na ampla ofensiva militar de Israel em Gaza em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde na Faixa, que é governada pelo movimento islamista.

O Exército israelense acusa os combatentes do Hamas e outros grupos armados palestinos de “violar sistematicamente o direito internacional (ao) usar os habitantes como escudos humanos”.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou um relatório na sexta-feira que afirma que as mulheres e crianças representam “quase 70%” das mortes na Faixa de Gaza entre novembro de 2023 e abril de 2024.

Líbano
O Líbano também foi alvo de ataques. Ao menos 7 pessoas morreram na cidade de Tiro. Prédios da capital Beirute também foram danificados.

Risco de conflito maior
Teerã alertou, neste sábado, sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo.

“O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal. “A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes.”

Catar deixa de ser mediador
Neste sábado (9), o Catar também se retirou como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas após meses de esforços infrutíferos para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, disse uma fonte diplomática à agência AFP.

O Catar afirmou que o escritório do Hamas em Doha, sua capital, “não tem mais razão de existir”, acrescentou a fonte, sem dizer explicitamente se o escritório seria fechado.

Um alto funcionário do Hamas disse à AFP que o movimento não havia recebido “nenhum pedido para deixar o Catar”.

“Os cataris informaram aos israelenses e ao Hamas que, enquanto os dois lados se recusarem a negociar um acordo de boa fé, eles não poderão mais desempenhar o papel de mediadores”, disse a fonte diplomática sob condição de anonimato.
“Consequentemente, o escritório político do Hamas (em Doha) não tem mais razão de existir”, acrescentou.

Juntamente com os Estados Unidos e o Egito, o Catar vem tentando, há meses, intermediar um cessar-fogo e um acordo para a troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, mas as negociações estão em um impasse.

O Hamas e Israel acusam um ao outro de bloquear as negociações.

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